O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no Brasil, continua sendo um tema de grande relevância econômica e influência no financiamento imobiliário. O índice tem variações mensais que podem impactar no poder de compra da população e nas políticas monetárias do Banco Central.
Nesse sentido, acompanhar as oscilações e tendências do IPCA é uma prática fundamental para entender como funciona a economia brasileira e tomar decisões financeiras informadas. Se você deseja saber mais sobre este tema, preparamos este artigo para abordar os principais conceitos deste índice. Vamos lá? Confira a seguir!
Leia também: O que você deve saber sobre a taxa de juros do imóvel
O que é IPCA e para que serve?
Antes de mais nada, o IPCA é um índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que serve para medir a variação de preço dos produtos e serviços consumidos pela população brasileira. O Banco Central do Brasil utiliza o IPCA como referência para estabelecer metas de inflação.
Dessa forma, muitos contratos de financiamento imobiliário, aluguel ou serviços públicos, por exemplo, utilizam o IPCA como índice de correção monetária. Isso garante que os valores sejam atualizados de acordo com a inflação.
Como é calculado o IPCA no financiamento imobiliário?
O IPCA pode ser utilizado em contratos de financiamento imobiliário, mas o cálculo exato pode variar de acordo com as cláusulas contratuais acordadas entre as partes, como o comprador e o banco que financia o imóvel. Nesse contexto, vale lembrar que a Caixa Econômica oferece os menores juros através do programa Minha Casa Minha Vida.
No entanto, de forma geral, o cálculo do IPCA em um financiamento imobiliário segue os seguintes passos:
Definição da Taxa de Juros
O contrato de financiamento define uma taxa de juros que será aplicada ao saldo devedor. Essa taxa pode ser fixa, pré-fixada, ou variável, pós-fixada.
Definição do Período de Correção
O contrato também estabelece a periodicidade em que a correção será aplicada. Geralmente, é mensal, mas pode variar.
Índice de Correção
No caso de usar o IPCA, o contrato especifica que esse índice será aplicado para corrigir o saldo devedor. O IPCA é um índice de inflação e é usado para atualizar o valor das prestações e o saldo devedor do financiamento.
Cálculo da Correção
A cada período especificado no contrato (geralmente mensal), o valor do IPCA é verificado e aplicado ao saldo devedor. Isso ajusta o saldo devedor de acordo com a inflação.
Cálculo das Prestações
Com o saldo devedor atualizado, as prestações mensais também podem ser recalculadas para refletir a correção. Se o IPCA subiu, as prestações mensais podem aumentar.
Amortização
Além da correção, o comprador também paga uma parcela referente à amortização do valor do imóvel. Esse valor é geralmente fixo, mas pode variar de acordo com o contrato. Quer saber mais sobre o tema? Clique aqui e confira nosso artigo sobre amortização no financiamento imobiliário!
Pagamento Mensal
O mutuário realiza o pagamento mensal das prestações, que incluem a correção monetária pelo IPCA, a amortização e os juros.
Acompanhamento Regular
Como o IPCA pode variar ao longo do tempo, os mutuários devem acompanhar suas prestações para garantir que estão cientes das mudanças e podem planejar adequadamente suas finanças.
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É vantagem financiar imóvel pelo IPCA?
Sim. Essa opção de financiamento apresenta uma taxa fixa que é mais baixa em comparação à alternativa que usa a TR (Taxa Referencial) como referência.
No caso da Caixa Econômica Federal, a modalidade TR oferece uma taxa fixa variando de 8,70% a.a. a 8,99% a.a. + TR. Enquanto isso, na modalidade vinculada ao IPCA, a taxa varia de 3,95% a.a. a 4,95% a.a. + IPCA.
De acordo com informações fornecidas pela Caixa Econômica, ao escolher a taxa mais alta (4,95%), é possível experimentar uma diminuição de 35% nas parcelas em comparação com os contratos que utilizam a TR como referência.
Conclusão
Por último, ressaltamos que é fundamental que o contrato de financiamento imobiliário seja claro em relação às condições de correção monetária, para que você saiba exatamente como a inflação afeta seu financiamento e possa tomar decisões financeiras informadas.
Além disso, é importante consultar o contrato específico e, se necessário, buscar a orientação de um profissional jurídico ou financeiro para esclarecer dúvidas e entender as implicações do uso do IPCA no financiamento.
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