Em pronunciamento especial, a Caixa Econômica Federal apresentou uma nova proposta para linha de financiamento imobiliário que pode ser muito mais vantajosa para você realizar o sonho da casa própria. A modalidade – que deve apresentar juros menores – ainda está em discussão, mas temos alguns detalhes apresentados durante o anúncio para compartilhar com você.
Ficou curioso para saber mais sobre a novidade e entender como funciona a taxa de juros da proposta? Então acompanhe este post com a gente até o final!
Como vai funcionar a nova proposta para o financiamento imobiliário da Caixa?
No início de novembro, a Caixa Econômica Federal apresentou uma nova proposta para linha de financiamento imobiliário corrigida pela poupança. A ideia ainda está sob planejamento, mas segue as iniciativas de outras instituições financeiras, como o Itaú e o banco Inter.
O lançamento da modalidade visa trazer a possibilidade de um financiamento com taxas de juros mais baixas, já que seriam corrigidos pela poupança e, consequentemente, baseados na taxa de juros básicas do país, a Selic. Hoje a poupança apresenta um rendimento de 70% da Selic, resultando em um rendimento total de 1,40% ao ano, segundo dados do Banco Central.
A possibilidade de juros mais baixos é possível pois a Selic está em 2% ao ano, criando assim um contexto muito favorável para a nova linha de crédito imobiliário proposta pela Caixa.
Vale lembrar que a poupança mantém o rendimento de 70% apenas se a Selic estiver em até 8,5% ao ano. Caso o índice atual da taxa básica de juros aumente e ultrapasse os 8,5%, a poupança passa a render 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial).
Ter este cálculo em mente é importante caso você opte por essa linha de financiamento no futuro, pois, conforme explicamos no início deste post, ela será corrigida pela poupança. Se a taxa Selic aumentar, os juros do crédito imobiliário vai seguir essa base também.
Mesmo com essa possibilidade, a linha proposta pode ser muito vantajosa para quem deseja realizar o sonho da casa própria. A nossa dica é sempre avaliar muito bem as opções disponíveis de financiamento para encontrar a modalidade que melhor se encaixa no seu perfil e nas suas possibilidades financeiras, ok?
Outras medidas de crédito imobiliário anunciadas pelo banco
Com essa nova modalidade em vista, a Caixa passará a oferecer quatro linhas de financiamento imobiliário aos seus clientes. Contaremos mais sobre as três opções já disponíveis ainda neste post, por isso fique com a gente até o final do conteúdo.
Ao longo de 2020 o banco criou diversas medidas para estimular o setor imobiliário durante o período de crise estabelecido como consequência do coronavírus. A pandemia trouxe diversos impactos financeiros para o país, por isso várias instituições apresentaram ações mitigadoras a fim de amenizar essas consequências.
Em abril, a Caixa Econômica Federal anunciou a liberação de R$43 bilhões para as linhas de crédito imobiliário e apresentou a possibilidade de pausar as parcelas do financiamento por até 180 dias como forma de reduzir os impactos da crise.
Confira outras medidas anunciadas pela instituição financeira relacionadas ao setor imobiliário, incluindo duas linhas de financiamento:
1. Financiamento corrigido pelo IPCA
No final de 2019, a Caixa apresentou uma modalidade de financiamento imobiliário corrigida pela inflação – medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A linha registra uma taxa de juros de 2,95% a 4,95% ao ano + IPCA.
Essa opção surgiu com o intuito de substituir a linha de financiamento corrigida pela Taxa Referencial, mas os clientes ainda tem essa opção disponível no banco, como veremos mais à frente.
2. Financiamento com juros fixos
Em fevereiro de 2020, a instituição financeira anunciou sua linha de financiamento imobiliário com taxa de juros fixa. Essa opção não sofre correções ao longo do pagamento, mantendo o mesmo percentual de juros durante todo o seu financiamento: isso é muito bom para quem quer fechar um negócio estável e evitar surpresas.
Essa linha de financiamento imobiliário da Caixa registra juros entre 8% e 9,75% ao ano.
3. Inclusão do ITBI e custos cartorários
Além de todas as linhas citadas acima, vale destacar que a Caixa também anunciou, em julho de 2020, a possibilidade de incluir o valor do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e os gastos de documentação e registros cartorários no financiamento imobiliário. Caso opte pela inclusão, os custos entram na soma do valor total do crédito e passam a compor suas parcelas mensais.
Essa opção passou por uma fase de testes e começou a valer para novos contratos fechados após o anúncio feito no mês de julho. O financiamento chegou acompanhado de outra medida facilitadora: o registro eletrônico de imóveis, que permite a realização do processo por canais digitais disponibilizados pelos cartórios.
Conhecido como SREI (Serviço de Registro Eletrônico de Imóveis), o novo dispositivo permite o registro digital de documentos como a escritura e o contrato de financiamento imobiliário. Com o SREI também é possível consultar outros dados do imóvel, como a matrícula.
4. Financiamento atrelado a TR
Essa não é uma medida anunciada recentemente, mas vale lembrar que a Caixa ainda tem uma linha de crédito imobiliário atrelada a TR (Taxa Referencial) – que hoje está zerada. Essa modalidade completa as três opções de financiamento disponibilizadas pelo banco atualmente e apresenta juros de 6,5% a 8,5% ao ano.
Vale lembrar que as taxas podem sofrer variação com o passar dos meses, por isso não deixe de perguntar como é feito o cálculo da linha escolhida por você. E para acompanhar o índice das taxas utilizadas como base de forma bem simples, você pode consultar indicadores da TR e do IPCA pelo portal do IBGE, e a taxa Selic pelo site do Banco Central.
Segundo Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, a nova linha de financiamento ainda está em discussão, portanto será preciso aguardar novos detalhes para entender o funcionamento do crédito e os requisitos para solicitação. Acompanhe o blog da Cataguá para ficar por dentro do assunto e não perder o lançamento da modalidade corrigida pela poupança.