Se você está se planejando para comprar um imóvel já deve conhecer algumas vantagens do financiamento imobiliário, certo? As condições facilitadas para o pagamento do imóvel são muito atrativas, mas agora estão ainda mais vantajosas: com taxas de juros muito mais baixas, o cenário não poderia ser melhor para quem está em busca do seu novo lar!
Ao longo deste conteúdo vamos explicar por que o cenário atual é tão positivo e como aconteceu a redução nas taxas de juros do financiamento imobiliário, assim você pode entender melhor o processo e decidir se este é o momento ideal para investir na casa nova. Pronto para começar? Boa leitura!
Por que 2021 é o ano do financiamento imobiliário?
Os índices de financiamento imobiliário vinham apresentando um crescimento desde 2018, mas foi em 2020 que bateram recorde. Sim, mesmo com a pandemia do COVID-19, a compra de imóveis por meio de financiamento atingiu R$124 bilhões, o mais alto da série histórica (que tem início em 1994).
Agora você pode estar se perguntando como este aumento aconteceu, certo? A gente explica: o principal motivo foi a queda histórica da taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil, que tem impacto direto nas taxas cobradas pelos bancos nas linhas de crédito imobiliário.
Em 2020, a Selic fechou o ano em 2% e possibilitou que os bancos reduzissem as taxas dos financiamentos imobiliários, impulsionando o aumento nos contratos para compra de imóveis.
Segundo dados da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Créditos Imobiliários e Poupança), a projeção é que os financiamentos apresentem um crescimento de 27% em relação ao ano anterior. A associação tem expectativa de que os valores cheguem a R$157 bilhões neste ano, R$33 bilhões acima do valor registrado em 2020.
Nem mesmo o pequeno aumento registrado pela taxa Selic, que passou de 2% para 2,75%, foi capaz de abalar o cenário positivo para quem deseja financiar um imóvel. Para se ter uma ideia, as taxas de juros para financiamento de imóveis em 2017 ficavam no patamar de 11%, agora são de 6,8%, sem contar a variedade de linhas disponíveis com condições diferenciadas entre si.
Segundo especialistas, a Selic tende a aumentar em 2022, o que torna 2021 um ano ainda mais propício para a compra de imóveis. O aumento da taxa no próximo ano pode representar um aumento nas taxas de juros dos financiamentos – apesar de a tendência não ser uma alteração muito alta, vale a pena considerar as vantagens do cenário atual e analisar as condições oferecidas pelas linhas de crédito.
A pandemia e o financiamento de imóveis
A queda significativa registrada pela taxa Selic em 2020 não foi o único acontecimento que marcou o mercado imobiliário e tornou o fechamento de contrato de financiamentos mais propício. Com os impactos da pandemia instaurada pelo COVID-19, diversas ações foram criadas para manter o mercado aquecido.
Além da redução nas taxas de juros, vários bancos apresentaram novas linhas de financiamento imobiliário com condições de pagamento muito atrativas, o que ampliou o leque de opções para o consumidor. Hoje é possível investir na casa própria e sair do aluguel de maneira muito mais simples, com os juros e as condições mais adequadas para o seu bolso.
Conheça as principais linhas de financiamento imobiliário
Conforme explicamos, a criação de novas linhas de financiamento imobiliário somada à redução na taxa de juros foram fatores essenciais para possibilitar que mais brasileiros tivessem a oportunidade de investir na casa própria.
Cada linha tem suas especificações, apresentando taxas, prazo para pagamento e benefícios diferentes entre si, por isso é muito importante pesquisar as condições oferecidas por cada uma delas para conseguir fechar o melhor negócio para você.
Pensando nisso, decidimos listar aqui as principais linhas de financiamento de imóveis disponíveis atualmente:
1. Financiamento imobiliário corrigido pelo IPCA
Antes de falarmos sobre as linhas disponíveis, vamos entender o que é o IPCA: sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo, essa é a medida oficial da inflação. Ou seja, as linhas atreladas a este índice acompanham a movimentação da economia do país.
Com a Selic baixa e a inflação controlada, o cenário é muito positivo para financiamentos nesta modalidade, que podem apresentar uma taxa de juros menor. Apesar dessa vantagem, vale lembrar que as parcelas podem sofrer alterações a qualquer momento de acordo com as movimentações do IPCA.
A Caixa Econômica Federal lançou uma linha de financiamento atrelada ao IPCA em 2019. Válida para contratos feitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), as taxas atuais variam entre 2,95% e 4,95% e os reajustes são feitos mensalmente.
No Banco do Brasil, você encontra uma linha com taxa de juros a partir de 3,45% ao ano + IPCA. Vale lembrar que é possível consultar o IPCA no portal do IBGE para acompanhar as atualizações feitas pelo Banco Central e verificar se a parcela terá ajuste.
2. Linhas com taxas pré-fixadas
Ao contrário da modalidade anterior, as linhas com taxas pré-fixadas não sofrem alterações. Isso significa que as parcelas mantêm o mesmo valor do início ao fim do pagamento do seu financiamento imobiliário, permitindo assim um negócio muito mais previsível.
Atualmente, a Caixa apresenta taxas de juros que ficam entre 8% e 9,75% ao ano nesta modalidade. A linha foi lançada em 2020 e os juros vão variar de acordo com o perfil do cliente e dos fatores contratados no financiamento, como tempo para pagamento e relacionamento com o banco.
Apesar das taxas um pouco mais altas, a previsibilidade da linha pode ser uma grande vantagem. Além disso, é possível financiar até 80% do valor total do imóvel nessa modalidade oferecida pela Caixa.
3. Financiamento de imóveis corrigido pela poupança
Uma das linhas anunciadas em 2020 foi a de financiamentos imobiliários corrigidos pela poupança. Com taxa de juros atrativa, essa modalidade pode sofrer alterações nas parcelas de acordo com o rendimento da poupança, mas existe um teto limite que determina juros máximo de até 10,16% ao ano, independente das alterações na poupança.
Os bancos disponibilizam uma taxa prefixada + o rendimento da poupança para definir os valores das parcelas. Vale ressaltar que o rendimento da poupança é 70% da taxa Selic.
Na Caixa, por exemplo, a taxa de juros prefixada é de 3,35% a 3,99% ao ano + rendimento da poupança. Já no Itaú, é possível encontrar a linha atrelada à poupança com taxas a partir de 3,99% ao ano + poupança.
O Bradesco oferece a linha chamada de Poupança+, com taxas a partir de 3,95% ao ano + rendimento da poupança.
4. Financiamento corrigido pela TR
As linhas corrigidas pela TR (Taxa Referencial) seguem o mesmo raciocínio das linhas atreladas ao IPCA: as parcelas são corrigidas de acordo com as alterações da taxa referencial brasileira. Desde 2017, a taxa está zerada.
Na Caixa, a linha atrelada a TR apresenta juros entre 7% e 8,5% ao ano. Outro banco que apresenta financiamento nesta modalidade é o Itaú: aqui a taxa é de 6,9% ao ano + TR – ou seja, a taxa de juros permanece a mesma, mas o saldo devedor é atualizado pela TR. Aqui vale lembrar que o saldo devedor se refere ao montante restante para a quitação do imóvel e é cobrado de forma parcelada.
A mesma modalidade é também oferecida no Bradesco, que oferece taxas de juros a partir de 6,70% ao ano + TR. Além dessas instituições, o Santander também disponibiliza uma linha corrigida pela TR, com taxas a partir de 6,99% + TR.
5. Programa Casa Verde e Amarela
Substituto do programa Minha Casa Minha Vida, o Casa Verde e Amarela segue o objetivo de facilitar o acesso à moradia para famílias de renda mais baixa, mas traz algumas novidades importantes para a linha de financiamento imobiliário do governo. A principal mudança é nas taxas de juros, que agora estão mais baixas.
Os juros são definidos de acordo com o grupo em que o cliente se encaixa. Entenda:
- Grupo 1: destinado às famílias com renda mensal de até R$2.600, as taxas de juros são de 5% a 5,25% para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste – para cotistas do FGTS, as taxas variam entre 4,5% a 4,7%. Para as regiões Norte e Nordeste, as taxas são de 4,75% a 5% ou de 4,25% a 4,5% para cotistas.
- Grupo 2: destinado às famílias com renda mensal de até R$4 mil, as taxas ficam entre 5,5% a 7% ou 5% a 6.5% para cotistas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Nordeste, as taxas são de 5.25% a 7% ou de 4.75% a 6.5% para cotistas do FGTS.
- Grupo 3: grupo destinado às famílias com renda mensal de até R$7 mil, apresenta taxas de 8,16% ou de 7,66% para cotistas. Aqui os índices são iguais para todo o país.
Opções de financiamento para facilitar o caminho até a casa própria não faltam, não é mesmo? Lembre-se de analisar as linhas com atenção, considerando não apenas a taxa de juros praticada por cada uma, mas sim todos os requisitos e oportunidades oferecidas por elas.
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