Comprar um imóvel na planta pode ser uma excelente opção para garantir as melhores condições de negócio, mas é preciso estar atento aos detalhes. Entender as taxas envolvidas no processo evita a cobrança de valores indevidos, por exemplo.
Pensando nisso, decidimos trazer neste conteúdo exclusivo uma das taxas que mais gera dúvidas na compra de imóveis na planta: a taxa de evolução de obra. Se você também já viu o termo por aí, mas não tem ideia do que ele significa, este post vai te ajudar a descobrir!
Continue a leitura para entender o que é taxa de evolução de obra, quando é preciso pagá-la, como calcular o valor e também conhecer outras taxas que podem ser incluídas na compra de imóveis.
O que é taxa de evolução de obra?
Também conhecida como juros de obra, a taxa é cobrada pelas instituições financeiras aos clientes que adquirem um imóvel na planta por meio de crédito imobiliário. Como o nome revela, a taxa acompanha a evolução da obra e por isso sofre alterações ao longo dos meses: o valor é modificado de acordo com a etapa da construção.
A taxa existe para que a instituição financeira garanta os recursos necessários para a construção do empreendimento. Composto por juros e atualização monetária, o valor considera os custos dos suprimentos utilizados em cada etapa das obras.
Os juros de obra são especificados no contrato, por isso é importante ler tudo com atenção e verificar as informações sobre as taxas descritas no documento para evitar cobranças indevidas. Caso tenha dúvidas, não deixe de esclarecê-las com a instituição financeira responsável pelo financiamento.
Quando pagar?
A taxa de evolução de obra deve ser paga por quem compra imóveis na planta, apenas durante o período da construção do empreendimento. O valor é cobrado desde a assinatura do contrato com a instituição financeira até o momento em que o banco entende que a obra foi legalmente concluída, que pode ser comprovada por documentos como a licença de operação ou o Habite-se, por exemplo.
Muita gente pergunta se a cobrança é legal e a resposta é sim. Não só é legal, como também é muito importante para o andamento das obras, mas é importante estar atento à cobrança indevida de acordo com aquelas normas já explicadas aqui: qualquer taxa cobrada após o período determinado perde a legalidade.
Caso tenha dúvidas sobre o assunto, entre em contato com a central de relacionamento da Cataguá Construtora.
Outras taxas para quem compra imóveis na planta
Além da taxa de evolução de obra, existem outros custos incluídos no financiamento para quem compra imóveis na planta. Para que você entenda todos os seus direitos e deveres no pagamento do crédito, trouxemos também os outros valores envolvidos:
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INCC
O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) é um índice de correção monetária aplicado para regular os valores de acordo com a inflação atualizada. Calculado mensalmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o INCC mede a variação de preços dos materiais de construção, assim como os serviços necessários para a execução da obra.
O índice funciona para reajustar as parcelas de acordo com a variação dos gastos de obras. Quando construímos uma casa do zero, por exemplo, definimos um orçamento considerando os valores atuais dos materiais de construção, mas os produtos podem sofrer alteração de preços ao longo da execução da obra e assim o orçamento será alterado também. O INCC segue o mesmo raciocínio. -
IGP-M
Também calculado pela FGV, o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) mede a variação de preços do mercado de uma maneira geral. O índice também funciona como um indexador de contratos, por isso regula as parcelas do financiamento.
Para isso, o IGP-M considera outros indicadores em seu cálculo, incluindo o INCC, o IPA (Índice de Preços do Atacado) e o IPC (Índice de Preços do Consumidor). Essa taxa é cobrada apenas depois da conclusão da obra.
Como planejar a compra de um imóvel na planta?
Comprar um imóvel na planta pode ser muito vantajoso, principalmente porque os valores costumam ser bem mais acessíveis e as condições de pagamento mais flexíveis, assim como as oportunidades de negociação. Isso acontece porque você está adquirindo uma propriedade que ainda não está pronta, o que possibilita a abertura de benefícios como o parcelamento do valor de entrada.
Entender como funciona a cobrança de taxas na compra de casas e apartamentos na planta é um passo essencial para quem vai realizar a aquisição por meio do financiamento, mas é preciso ter um bom planejamento para garantir o melhor negócio.
Pensando nisso, trouxemos algumas dicas extras para te ajudar na jornada rumo à conquista do seu futuro lar. Anota aí:
1. Encontre uma construtora de confiança
Quando falamos de imóvel na planta, o primeiro passo para uma aquisição bem sucedida é encontrar uma construtora sólida e de confiança para fechar o contrato de compra. Para isso, você precisa pesquisar com calma o histórico das empresas responsáveis pelos empreendimentos na cidade onde pretende comprar o seu novo lar.
Essa pesquisa é essencial para evitar que você caia em golpes ou feche um negócio que não seja vantajoso para você. Como o imóvel ainda será construído, você precisa escolher uma construtora responsável, que passe segurança e tranquilidade no processo.
Analise comentários e depoimentos de outros clientes, procure informações sobre a empresa na internet e verifique o histórico de obras da construtora para descobrir se os prazos foram cumpridos ou se houve algum problema no decorrer da construção.
2. Saiba quanto pode investir
Definir um orçamento é outra etapa essencial do planejamento para qualquer pessoa que vai comprar um imóvel. No caso do financiamento imobiliário, é importante identificar quanto você pode pagar nas parcelas sem prejudicar os seus compromissos mensais (como pagamento de contas de água, luz e internet, por exemplo).
Outro ponto importante é manter as finanças organizadas ao longo do pagamento do financiamento: inclua as parcelas como gasto fixo no seu planejamento mensal e anote todos os custos para controlar melhor o seu dinheiro. Se tiver alguma dívida ativa, busque maneiras de quitá-la para não ter problemas na liberação do crédito imobiliário.
3. Conheça o projeto
Ao comprar um imóvel na planta, você está adquirindo algo que ainda será construído, por isso é importante aproveitar todos os materiais a sua disposição para conhecer ao máximo os detalhes do projeto. Hoje as construtoras contam com o apoio da tecnologia para oferecer diversas ferramentas que auxiliam o cliente a avaliar melhor o imóvel.
Imagens do projeto, maquete eletrônica, vídeos e um modelo decorado da casa ou do apartamento costumam ser alguns dos materiais mais utilizados. O decorado é um ótimo aliado para te ajudar a entender melhor o projeto, pois representa melhor as dimensões e o visual do imóvel, portanto não deixe de visitá-lo.
Conhecer o bairro onde o seu futuro lar será construído também pode ser uma boa ideia: ande pela vizinhança, verifique os serviços disponíveis na região e converse com vizinhos para entender o ambiente.
4. Analise as condições dos financiamentos
Você vai se deparar com diversas opções de financiamento imobiliário na hora de comprar o seu imóvel na planta, mas é preciso analisar as condições oferecidas pelas linhas para encontrar as melhores oportunidades. Verifique as taxas de juros, o Custo Efetivo Total, o prazo para pagamento, o valor das parcelas, o sistema de amortização e os benefícios disponibilizados.
As condições variam de acordo com o perfil de cada cliente, por isso a nossa dica é fazer simulações para verificar a proposta de financiamento disponível conforme os seus dados. Você encontra os simuladores facilmente nos sites das instituições financeiras e pode realizar o processo totalmente online ou diretamente com um atendente, se preferir.
5. Considere todos os gastos
Ao definir o seu orçamento é importante já ter uma ideia das taxas cobradas pela instituição escolhida por você para conseguir se planejar de maneira adequada. Além de conferir as taxas de juros, a taxa de evolução de obra e o Custo Efetivo Total, lembre-se de considerar também os custos envolvidos em qualquer transação imobiliária.
Esses custos incluem todos os gastos cartorários, como registro do imóvel, por exemplo. Mais uma vez vale lembrar que a taxa de evolução de obra não pode ser cobrada após a conclusão da obra, como já explicamos aqui neste conteúdo.
Agora que você já tem todas as informações necessárias é só iniciar o processo de compra do seu novo lar! Lembre-se de colocar as nossas dicas em prática para fechar o melhor negócio.