Confira o passo a passo para comprovar renda sendo autonomo

Confira o passo a passo para comprovar renda sendo autônomo

A casa dos sonhos é o desejo de muitas pessoas, inclusive para aqueles que trabalham de forma independente. A grande dúvida nestes casos é com relação à parte burocrática: afinal, como comprovar renda sendo autônomo?  

Se você se encaixa nesse perfil, não se preocupe: há várias formas de comprovar a sua renda e realizar o financiamento para compra de imóvel sem dor de cabeça. É importante ficar atento a documentação para evitar problemas durante o processo, por isso preparamos um guia exclusivo para te ajudar com essa parte. 

Continue a leitura deste post para descobrir todos os passos e comprovar a sua renda como trabalhador autônomo!

Como comprovar renda sendo autônomo?

Se você já decidiu que quer ter a sua casa própria, sabe que o financiamento imobiliário é um dos melhores caminhos para conquistar esse sonho, certo? Para conseguí-lo, a comprovação de renda é uma etapa muito importante.  

No caso de trabalhadores registrados em regime CLT a comprovação de renda pode ser feita por meio do holerite ou até mesmo da carteira de trabalho, mas para os profissionais autônomos, que não possuem esses documentos, existem outras maneiras de fazer essa comprovação.

Para te ajudar com esse processo, vamos contar agora como você pode comprovar a renda mesmo trabalhando de forma independente. Anota aí essas dicas de como conseguir um financiamento imobiliário:

1. Extrato bancário

Se você tem uma conta corrente, comprovar renda por meio do extrato bancário é uma das melhores alternativas disponíveis. Para isso, o ideal é manter todos os seus rendimentos em uma mesma conta. 

As instituições costumam pedir um extrato referente aos últimos seis meses para comprovação de renda, por isso é importante se organizar. Além disso, manter a movimentação da conta também é essencial para que o extrato bancário seja um documento válido na comprovação de renda.

Muitas vezes o extrato emitido no caixa eletrônico não é aceito pela instituição financeira, mas existem outras maneiras bem simples de consegui-lo e evitar problemas com a documentação para financiamento imobiliário. Você pode solicitar o documento ao gerente do seu banco ou ainda emiti-lo diretamente pela internet.

2. Imposto de Renda

Muitos trabalhadores autônomos fazem parte do grupo que é isento da contribuição do Imposto de Renda, mas a declaração anual é muito importante para manter seus dados atualizados na Receita Federal.  

A atualização desses dados na Receita Federal dá acesso ao banco sobre toda a movimentação da sua vida financeira no ano anterior, possibilitando a comprovação de renda e também a análise de crédito para o financiamento imobiliário de uma maneira bastante prática. Como o documento é referente ao ano anterior, pode ser que o banco solicite a apresentação de alguma comprovação complementar mais recente. 

Vale lembrar que nem todo o banco aceita o IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) como comprovante de renda, portanto não deixe de confirmar essa possibilidade antes. Caso o documento não seja aceito, utilize uma das outras opções sugeridas nessa lista.

3. Recibos e contratos

Como você trabalha de forma independente, sabe que é necessário ter uma maneira de formalizar o serviço realizado, certo? Para isso, lembre-se de fazer um recibo todas as vezes que receber o pagamento de um cliente e peça para a pessoa responsável assinar, oficializando o comprovante.

Outro fator importante: faça um contrato do serviço prestado, formalizando mais uma vez o que você recebeu do cliente e quais foram os serviços oferecidos para ele. Essas documentações ajudam e muito na hora de comprovar a sua renda. 

Caso você utilize o RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), não deixe de guardar as guias de recolhimento de impostos, pois elas podem ser solicitadas em algumas linhas de financiamento imobiliário.

4. Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos

Conhecida como Decore, a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos é um documento oficial para comprovação de renda de trabalhadores autônomos emitido a partir da reunião de vários registros dos seus rendimentos mensais . Os seus Recibos de Pagamento Autônomo podem ser utilizados para emitir o Decore, por exemplo,  desde que contem com uma identificação da fonte pagadora.

É importante esclarecer que a emissão deste documento deve ser feita por um profissional habilitado pelo CRC (Conselho Regional de Contabilidade) e que, para isso,  é necessário pagar pelo serviço. Vale lembrar também que a declaração é disponibilizada de forma eletrônica e tem prazo de validade: o documento fica sob responsabilidade do CRC por cinco anos. 

Uma vez enviado, o documento não pode ser cancelado, por isso é muito importante contar com um profissional qualificado para evitar erros e garantir que toda a contabilidade esteja correta.

Saiba o que fazer para facilitar a comprovação de renda

Sabemos que o financiamento de imóveis pode ser um processo burocrático, por isso decidimos compartilhar quatro dicas extras para te ajudar nesta jornada. Existem algumas ações que podem facilitar ainda mais o processo de comprovação de renda para os trabalhadores autônomos e nós vamos te contar quais são elas. 

Olha só o que você pode fazer para garantir a aprovação do seu crédito para compra do novo imóvel:

1. Tenha uma conta bancária

O importante nessa hora é você conseguir fazer um controle do fluxo de dinheiro que recebeu dos clientes. Para isso, a conta bancária pode ser uma grande aliada e ainda te ajudar na comprovação de renda. 

Além do controle pessoal, você poderá comprovar sua renda com o extrato bancário, como já explicamos aqui neste conteúdo. Mas lembre-se de ficar atento a um detalhe: a conta precisa estar ativa há pelo menos seis meses e em movimentação sempre para que o banco consiga comprovar o uso dela, ok?

2. Regularize restrições

Você precisa estar antenado com as restrições envolvendo o seu CPF antes de solicitar um financiamento imobiliário. Conferir essas restrições é bem simples: basta acessar o site do Serasa e verificar a sua situação.

Lá você encontra diversas informações, desde a existência de dívidas até as oportunidades de negociação disponíveis. Se você tem alguma dívida, é preciso regularizar a situação antes de prosseguir com o processo e garantir a sua aprovação: não deixe de buscar as chances de negociação para encontrar formas de pagamento mais atrativas e bons descontos. 

Ainda no Serasa você pode encontrar outra informação muito importante, o seu Score. Ele funciona como uma pontuação de crédito e indica às instituições financeiras o seu comportamento como consumidor, considerando principalmente seu histórico de pagamentos: contas pagas em dia, pagamentos atrasados e até mesmo seus financiamentos entram para esses registros.

Quanto mais alto for o seu Score, mais fácil será conseguir o seu financiamento de imóveis. Uma boa pontuação pode até render melhores condições nos empréstimos em algumas instituições bancárias, por isso é importante manter as contas em dia.

3. Formalize seu trabalho

Ter um trabalho formalizado ajuda muito na hora do processo de comprovar a renda e fazer isso é muito mais simples do que parece. Se você é autônomo, pode abrir sua própria empresa com o MEI (Microempreendedor Individual), por exemplo.

A melhor parte é que você nem vai precisar sair de casa para fazer isso: basta acessar o Portal do Microempreendedor Individual e fazer o seu cadastro. Com a plataforma MEI Fácil você ainda consegue verificar todos os seus dados com Pessoa Jurídica, acompanhar e realizar o pagamento da sua contribuição ao INSS e ainda encontrar várias dicas para facilitar a sua atuação como empreendedor. 

Além de formalizar as suas atividades, você consegue ter acesso a diversos benefícios como a aposentadoria, auxílio maternidade e auxílio doença. O MEI ainda possibilita a emissão de notas fiscais do serviço prestado para o cliente.

4. Verifique o cadastro positivo

O Cadastro Positivo tem a mesma função do Score: disponibilizar informações sobre o seu comportamento como consumidor para as empresas e instituições financeiras a fim de oferecer melhores oportunidades de crédito a você. Apesar de seguirem esse mesmo objetivo, o Cadastro Positivo conta com algumas diferenças importantes.

Ao contrário do Score, que considera apenas seu histórico de pagamentos, o Cadastro Positivo leva em conta o seu comportamento de compras como um todo, focando principalmente nos pontos positivos. Com ele passam a ser avaliados a pontualidade no pagamento de contas, as formas de pagamentos utilizadas por você, quitação de empréstimos e até mesmo contas de serviços como água, luz e telefone. 

Para quem é trabalhador autônomo o Cadastro Positivo é uma ótima forma de garantir o financiamento imobiliário mesmo sem ter uma das opções de comprovação de renda citadas aqui. 

Ativo desde 2013, o cadastro ganhou adesão automática recentemente, incluindo todos os brasileiros em seu banco de dados, portanto não é necessário preencher nada para fazer parte deste benefício: basta consultar seus dados no próprio site do Serasa, faça isso agora mesmo clicando aqui.

Vale lembrar que cada banco funciona de uma maneira diferente, por isso os comprovantes de renda aceitos podem variar entre as instituições. Agora você já conhece todas as opções disponíveis para trabalhadores autônomos, então basta perguntar qual delas é válida quando for escolher o seu financiamento imobiliário.

Todas as dicas citadas neste post são essenciais para ajudá-lo nesse momento importante rumo a conquista da casa própria. Para um processo tranquilo e seguro, basta seguir todos os passos e a sua comprovação de renda não será um problema!


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